A venda já foi restringida, no entanto é provável que muita gente ainda o tenha guardado em casa. “Disseram-me que os meus glóbulos brancos tinham desaparecido completamente e, a seguir, chamaram um padre ao hospital para me dar a extrema-unção“.
Hugh Wilcock, de 81 anos, estava a passar férias em Espanha. Uma forte dor de costas levou os médicos a receitar-lhe Nolotil. Apesar das graves complicações que acredita terem sido motivadas pelo medicamento, Wilcock sobreviveu. Tal não aconteceu com, pelo menos, dez turistas britânicos que morreram enquanto estavam a tomar o medicamento, um dos mais populares em Espanha, revelou o jornal “The Times”.
Não foi estabelecida qualquer associação directa. A venda do medicamento, porém, foi restringida. E em Portugal? Não se passa nada…
Uma das mortes foi a de Mary Ward. A viver com o marido em Marbella, no sul de Espanha, Ward morreu na sequência de complicações quando estava a tomar Nolotil, que lhe tinha sido receitado numa clínica privada, em Alicante. “As provas de que os britânicos estão a ser envenenados por este medicamento são esmagadoras. Estes medicamentos são receitados como se fossem doces, mas os espanhóis não parecem estar muito preocupados”, disse ao “The Times” o marido, Graeme Ward, de 75 anos, que organizou uma campanha pelo fim da prescrição deste medicamento.
No total foram dez os turistas britânicos a morrer — e mais de uma centena de pessoas com sérias complicações — enquanto estavam a tomar Nolotil, embora não se tenha concluído que a morte foi motivada pelo analgésico. O medicamento já não era autorizado em países como os Estados Unidos da América, Reino Unido e Suécia, viu agora a sua venda ser restringida em Espanha.