Um militar da GNR do posto de Marinhais, do Comando de Santarém, dirigiu-se à esquadra da PSP da Amadora para recuperar objectos que lhe tinham sido levados de casa, assaltada dias antes.
Um seu vizinho e conhecido era lá agente da polícia e o militar não resistiu a pedir para “visitar” os suspeitos que ali estavam detidos.
O militar perguntou-lhes quem tinha entrado na sua casa, tendo um deles assumido a culpa. Nesse instante o militar da GNR perdeu a compostura e deu uma valente “carga de lenha” ao suspeito, e só terá parado quando foi agarrado pelo amigo PSP, que lhe gritou “já chega!”, pelo menos assim dizem os agentes da PSP, autores do relato. O militar está agora a braços com um processo…
Alegou, em sua defesa, que naquele dia “encontrava-se muito assustado e cansado”, pois “havia sido pai muito recentemente, tendo-se deslocado à esquadra da Amadora para reconhecimento de objectos que lhe haviam sido furtados, que foram recuperados”, e segundo descreveu no tribunal, quando um dos detidos lhe confirmou ter sido o autor do assalto, “logo se iniciou uma acalorada discussão, tendo chegado a agarrar o ofendido, mas logo foi agarrado e separado”.
Já a versão contada pelos agentes da PSP é diferente, e quanto ao facto de não estar de serviço, recordou a magistrada que, de acordo com o regulamento de disciplina da GNR, um militar nunca perde esse estatuto, mesmo em tempo de folga.