D. Januário não entende a subida do salário mínimo nacional

O bispo emérito das Forças Armadas, Januário Torgal Ferreira, considera que antes da subida do salário mínimo, a preocupação dos governantes deveria ser com aqueles que nada têm para viver. No dia em que o salário mínimo sobe para 580 euros, o bispo emérito das Forças Armadas e de Segurança defende que a prioridade deveria ser outra.

Em entrevista à TSF, Januário Torgal Ferreira considera que, primeiro, o Governo deveria olhar para aqueles que não têm mesmo nada. “Lançam as mãos à cabeça com a subida de um salário mínimo. Porque é que não se preocupam com gente que não tem o suficiente, na prática, para viver?”, questionou o bispo emérito.

“Acho que era aqui que devíamos por o acento para o desenvolvimento integral”, sublinhou, “os pobres menos pobres e os ricos, com certeza, podem ser mais ricos, mas que partilhem! Se não partilham, o Estado tem a obrigação moral de lhes cortar a colecta”.

Ainda assim, o bispo emérito defende que o acordo de governação dos partidos de esquerda já permitiu passos importantes. Mas, na opinião de Januário Torgal ferreira, é possível fazer mais. “Não fomos ainda até ao fim, há determinadas coisas que deveriam ir mais longe”, disse.

Nesta entrevista à TSF, o bispo emérito mostrou-se também surpreendido com a dimensão dos incêndios que atingiram o país em 2017 e com o roubo de material militar do quartel de Tancos.

Januário Torgal Ferreira lembra que foi bispo das Forças Armadas durante quase três décadas e nunca soube de qualquer falha de segurança, e fala por isso, em motivações políticas em ambos os casos.

“Tendo estado nas Forças Armadas durante 28 anos, nunca vi a mínima inquietação quanto aos paióis, nunca houve problema”, declarou. “Isto foi uma jogada política contra o Governo”.

FONTEtsf.pt
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