O diretor de comunicação do FC Porto, Francisco J. Marques, diz que nunca invocou a condição de jornalista durante a audição em tribunal, no processo sobre a divulgação dos e-mails do Benfica
“Como é que a Comissão da Carteira faz um comunicado com base em declarações minhas em tribunal sem ter tido acesso às mesmas? Nunca invoquei a condição de jornalista, nem o interesse jornalístico, mas sim o interesse público. Um conselho, mais rigor, menos espetáculo”, escreveu Francisco J. Marques, na rede Twitter.
Em comunicado, a Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) repudiou as declarações em tribunal do dirigente dos ‘dragões’, arguido no processo da divulgação dos e-mails do Benfica.
“Francisco J. Marques é diretor de comunicação do FC Porto, funções que, como bem sabe, são incompatíveis com a profissão de jornalista”, refere o comunicado da CCPJ, remetendo para o artigo do Estatuto dos Jornalistas referente às incompatibilidades.
De acordo com o organismo, as declarações feitas em juízo pelo diretor portista “no sentido de justificar a divulgação de correspondência eletrónica com o interesse jornalístico, autointitulando-se jornalista e com recurso a métodos jornalísticos, não são aceitáveis em nenhuma das suas dimensões”.
“Francisco J. Marques está bem consciente desta incompatibilidade, tanto que não revalida o seu título profissional desde fevereiro de 2012, quando deixou o jornalismo para ir trabalhar para a comunicação daquele clube desportivo”, acrescenta.