Por ano, os encargos brutos com salários dos Generais das Forças Armadas, suplemento da condição militar e despesas de representação destes oficiais no topo da carreira militar representam cerca de 13 milhões de euros, verba que é proveniente do Orçamento do Estado.
Cerca de metade destes Generais (que em 2017 eram 220) está no activo, embora cerca de 60% exerçam cargos em organismos fora das Forças Armadas. Os restantes (114 também falando em números de 2017) estão na reserva.
As pensões ultrapassam os 5000€/mês. Tanto Reino Unido, como França ou até mesmo Alemanha, com muito mais efectivos nas forças armadas, têm muito menos oficiais generais que Portugal.
Quatro oficiais-generais, entre os quais três ex-chefes do Estado-Maior, assinaram uma carta de alerta dirigida ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, onde entre outros pontos, se queixam de salários desajustados às funções.
Generais queixam-se de salários desajustados
Os generais dizem que o sistema remuneratório dos militares das Forças Armadas “tem sofrido um progressivo desajustamento em relação a outros sectores da administração pública equiparáveis, quer no leque salarial, quer nas condições de reforma, quer na remuneração dos cargos de topo na carreira”.